sábado, 23 de outubro de 2010

INSCRIÇÕES CONFIRMADAS PARA O CONGRESSO

Para conhecimento, aqui vai a lista das inscrições colectivas e individuais confirmadas para o Congresso:

ICE – Instituto das Comunidades Educativas, Vanda Teresa Soares Gaspar, Rodrigo Ribeiro, Associação de Cubanos Residente em Portugal, Artur Cristóvão, Rut Marquetto, Suelen Rodrigues, João Paulo Martinho, Ana Carreira d’Espiney, Cesário Borga, Odete Cruz, CPDF, CIDAC, Celso Antão, Maria de Lurdes Cravo, Lígia Calapez Gomes, ADPM, Clube Português de Autocaravanas, António Barros Mota, Fernando Paulino, SOS Racismo, GAF, Alberto Melo, António Cardoso Ferreira, Maria José Cardoso Ferreira, Bruno Leal, UMAR, João Caramelo, Manuel Joaquim Dias, Gabriel Nuno Ludovice Simões, Elsa Eduarda Mendes, Gabinete da Juventude da Câmara de Setúbal, Centro de Estudos Vasco da Gama, Patrícia Figueiredo, Olga Mariano, Mirna Montenegro, Cívis – Associação para o Aprofundamento da Democracia, João Manuel Vilhena Diegues, Associação Tempo de Mudar Desenvolvimento Bairro Loios, Maria Madalena Carrito, Hugo Ricardo Palma Coelho, João Paulo Gonçalves Ribeiro, Luís Moreno, Vanessa Duarte de Sousa.

Esta lista será actualizada sempre que possível!

Saudações a todos!

8 comentários:

  1. Qual o sentido, num "Congresso", para mais do "associativismo", da participação individual? Será que esses indivíduos se presumirão, não o que meramente são - indivíduos, mas antes, Individualidades, transportando consigo alguma matriz colectiva? O facto de o número de inscrições individuais superar, largamente, o das colectivas, não incomoda os "promotores"? O Congresso disporá de algum Regulamento para a sua realização, ou a presença de algumas dessas individualidades é bastante para esse regulamento ser dispensável? Fazem os "promotores" alguma ideia, ou fizeram algum esforço para a conseguir, do universo associativo e afim, em quantidade e em qualidade, em Portugal? Chamar de "Encontro Regional de Portalegre" a uma reunião em que estiveram presentes 4 associações, todas sedeadas na cidade de Portalegre, sem que se tenha ainda a indicação se essa presença constituiu uma efectiva representação colectiva, ou não se terá resumida à participação a título individual de alguém que pertence a alguma das ditas associações - faz isso algum sentido? Ordenar a lista de inscrições por ordem alfabética constituiria uma tarefa insuperável? Finalmente - o Gabinete da Juventude da Câmara de Setúbal corresponde à ideia de associativismo que têm os promotores?

    Miguel Teotónio Pereira, Marvão

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  2. Chamo-me Celso Antão e vou participar no Congresso individualmente e outras pessoas que conheço também irão participar nessa vertente.

    Talvez o Sr. Miguel Teotónio Pereira não deva ter reparado que o Congresso refere "Associativismo e Democracia Participativa".
    A Democracia Participativa esgota-se nas Associações?
    Pela abordagem do Sr. Miguel Teotónio Pereira, parece que sim... mas o Congresso, espaço aberto ao debate e à reflexão, será uma óptima ferramenta para responder a esta e outras questões.

    Celso Antão

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  3. Agradeço ao Sr. Celso Antão o comentário ao meu comentário. Sem ponta de ironia, vou tentar expor o meu ponto de vista, mas com a crueza necessária para não nos enredarmos nas palavras. As palavras não são inócuas e inocentes, e, muitas vezes, traem intenções escondidas.
    Reparei muito bem que o “Congresso” será, não apenas do “associativismo”, mas também da “democracia participativa”. Seria quase impossível não reparar. Talvez o Sr. Celso Antão não tenha ele reparado que, antes do “associativismo”, e da “democracia participativa”, vem a palavra “Congresso”. E é aqui que a porca torce o rabo.
    “Congresso do associativismo”: seria anedota, se não fosse um insulto a milhares de associações e a milhares de cidadãos que não fazem do seu empenhamento associativo, muitas vezes silencioso, tribuna de proclamações diletantes.
    “Congresso da democracia participativa”: é mesmo anedota, porquanto a “democracia participativa” não é um conceito com donos e patronos, é uma renegociação permanente do contrato social assente em estruturas colectivas das mais diversas naturezas. Não apenas de tipo associativo, donde é claro que a democracia participativa não se esgota nas associações. Mas a democracia participativa não são os berros dos indivíduos. São esses berros transmutados num berro colectivo, operação que só aquelas estruturas conseguem realizar. Estamos habituados a ver indivíduos a representar organizações. Mas isso é porque estamos habituados a ver as coisas de pernas para o ar. São as organizações que representam os indivíduos, unidos por uma qualquer afinidade, e não o contrário.
    Pergunto-lhe: na sua concepção, há 2 vertentes para o “Congresso”? Há a vertente do “associativismo”, e a vertente da “democracia participativa”, sendo que a primeira seria representada pelas associações, e a segunda pelos indivíduos? Nada disso faz sentido.
    É por tudo isto que, num Congresso que o fosse de verdade - uma reunião magna de um conjunto de organizações de verdade, prevista nas suas normas estatutárias, com competências definidas, a participação individual seria uma excrescência. Neste caso, a minha suspeita é que a participação individual se explica por 2 razões: a primeira, para disfarçar o número irrisório de associações que estarão presentes; a segunda, porque tal participação dará púlpito a pessoas que, ou estão desenraizadas associativamente, ou, não o estando, não lograram mobilizar as “suas” associações para o “congresso”. Nenhuma destas razões tem alguma coisa a ver com a “democracia participativa”. (...)

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  4. (...)
    Mas, entendamo-nos: o que se vai passar no ISCTE nos dias 13 e 14 de Novembro nada tem a ver com um “congresso”. Será uma reunião de uma ou duas dúzias de associações e de algumas dezenas de “indivíduos” - conhecidos, como o senhor mesmo reconhece. Chamem-lhe Fórum, Encontro, Tertúlia, Debate, Reunião, Jornada, Seminário, o que quiserem, e ninguém tem nada a ver com isso, nem com os temas em discussão, nem com a natureza da participação (se nessa reunião quiserem participar um órgão autárquico, ou qualquer outro organismo da Administração, porque não?), nem com os modos de funcionamento, nem com nada. O que (para mim) é insuportável, porque revelador de desmedidas soberba e presunção, é chamarem-lhe “Congresso”, para mais do “associativismo”, e ainda para mais da “democracia participativa”. Corrija-me se erro, mas não me consta que alguma vez se tenha chamado à MANIFESTA de “Congresso do desenvolvimento local e do mundo rural”. Talvez que essa sintonia da MANIFESTA com a realidade, o seu enraizamento num universo verdadeiramente representativo e a humildade dos seus objectivos expliquem a sua vitalidade e a sua utilidade.
    Uma última nota para o tratamento cerimonioso que o Sr. Celso Antão me reservou. Ninguém me trata por “senhor”. Nunca ninguém me tratou por “senhor”. O Sr. Celso Antão não me conhece, e não o pode saber. Mas eu entendo a sua intenção; ninguém está a ver o Sr. Celso Antão a tratar os seus conhecidos “congressistas” por “senhor”, ou “senhora”; do mesmo modo, ninguém está a ver os “congressistas” tratarem-se uns aos outros por “senhor”, ou “minha senhora”. Tratando-me desse modo, a verdadeira intenção do Sr. Celso Antão é pôr-me no “meu lugar”, ou seja, o de alguém que não pertence à “tribo”, que lhe é exterior, um não-iniciado, que por esse motivo é incapaz de compreender os mecanismos e os segredos da “tribo”, e bem assim de compreender a magnitude e a bondade da sua “missão”. Nesse sentido, agradeço-lhe o tratamento. Não pertenço, nunca pertencerei, a nenhuma “tribo” que, como esta, tão na perfeição case o diletantismo com a arrogância.

    Miguel Teotónio Pereira, Marvão

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  5. Boa tarde, quero apenas transmitir alguns esclarecimentos sobre o meu comentário anterior:

    - Quando não conheço as pessoas, inicio o meu contacto com o tratamento de Sr, ou Srª;

    - Nunca foi minha intenção pôr o (Sr.) Miguel Teotónio Pereira no "seu lugar".
    Penso que se existír algum lugar importante, será concerteza o ISCTE/Congresso nos dias 13 e 14 de Novembro, pois esse deverá ser um espaço de acolhimento, debate e reflexão aberto, não-sectário.
    Foi com esse espírito que entrei neste Movimento e foi sempre esse espírito que encontrei nas diversas reuniões em que estive presente.

    - Não sei quem são os meus "conhecidos congressistas" nem qual é a "tribo" a que pertenço.
    Quando disse que conheço pessoas que também efectuaram a sua inscrição no Congresso numa vertente individual, refiro-me a amigos e conhecidos, que tal como eu, mesmo não trabalhando em Associações, interessam-se por estas temáticas e poderão ser dinamizadores de Democracia Participativa.
    Se porventura me "encaixo" nalguma tribo penso que é a dos revoltados contra a pouca-vergonha e a mediocridade que reina neste país, e que atinge tanto Esquerda como Direita.

    - Congresso, Tertúlias, Semi-Plenários, Plenário - mais importante do que as terminologias e os conceitos são os conteúdos e a substância, as vozes e as participações, as atitudes e as vontades.

    Acima de tudo, este Congresso não pretende ser um destino final mas uma etapa dinâmica para um amplo Movimento do Associativismo e da Democracia Participativa.

    Cumprimentos,

    Celso Antão

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  6. Agradeço, uma vez mais, ao Celso, o seu comentário. Parece que consegui rachar o muro de silêncio que aparentemente é marca deste blogue, em flagrante contradição com os objectivos que, em teoria, o animam; ainda que muitas questões que levantei, nomeadamente em comentários anteriores, continuem a ter como resposta… o silêncio. Tal como outras de outras pessoas. Para quem quer mobilizar e “induzir” a participação, não é grande cartão de visita. Será caso para dizer: “Em casa de ferreiro, espeto de pau”.
    Em virtude dos esclarecimentos do Celso, retiro o último parágrafo do meu último comentário. Mantenho, todavia, tudo o resto. E acrescento as seguintes observações:
    - Divergimos acerca do alcance das palavras. O Celso acha que “Congresso”, “Tertúlias”, “Plenários”, é tudo a mesma coisa. A terminologia é irrelevante. Eu acho que não, e mais acho que o Celso não cuida de saber do poder das palavras. As palavras têm um significado preciso, e por cima um valor simbólico; se as não usarmos com senso, corremos o risco de alcançarmos os resultados contrários aos que pretendemos. Chamar “Congresso” àquilo que não passa de uma reunião informal, e carregar essa denominação com coisas tão solenes como “Assembleia deliberativa” (não se percebe de quê, acerca de quê, com que autoridade, e vinculando quem), pode ser profundamente desmobilizador, afastar ao invés de congregar. A humildade democrática, autêntica e não apenas proclamada, é a meu ver condição indispensável para quem quer, de verdade, combater a mediocridade.
    - Quando falei de “tribos”, não o fiz levianamente. Já compreendi que não é o Celso alvo dessa observação. Acontece que, passe a presunção, já cá ando há muito tempo. E sei bem do que falo. Tenho a certeza de que muitas pessoas que, eventualmente, leiam estes comentários, também sabem do que falo. Mas isso será conversa para outras oportunidades.
    - Reitero um ponto apenas aflorado no meu comentário anterior. É um ponto desagradável, mas é imperioso que dele se fale, que alguém fale dele. Estou profundamente convencido de que uma das mais importantes, se bem que não proclamada (e como poderia sê-lo?), motivação para este “congresso”, e para o “movimento” que lhe está associado, reside na necessidade, de natureza quase aditiva, que algumas pessoas têm de púlpito. Outras pessoas - estou certo que a maioria -, prenhes de boas intenções, constituirão os públicos de que os púlpitos se alimentam.
    (…)

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  7. (…)
    - O facto, que me parece indesmentível, de ciclicamente fazerem a sua aparição “movimentos” e “iniciativas” que mais não são que a reencarnação, com novas roupagens, de outros já “enterrados”, enfermando dos mesmos pecados e repetindo os erros, deriva em linha recta de nunca, mas mesmo nunca, se fazerem balanços, de ninguém - perdoe-me a repetição da expressão - ter a humildade democrática de assumir os falhanços, na visão das coisas, nos modos e nos procedimentos, na definição de objectivos, e, igualmente, de identificar as coisas boas, os reais avanços conseguidos, os pontos conquistados. Quando surgem esses “movimentos” e essas “iniciativas”, é ver a prolixidade, o caudal, dos discursos, dos apelos, das incursões nos territórios mediáticos; quando esmorecem, é ver o silêncio com que todos abandonam o barco, tentando passar despercebidos, rezando para que ninguém se lembre de que alguma coisa tiveram a ver com o cadáver. É esta atitude - um passo à frente, com estrondo, foguetes e arraiais, dois passos atrás, em pezinhos de lã - que torna possível, que torna mesmo inevitável, a sistemática reincidência nos mesmos modelos e nos mesmos figurinos. Não se aprende. E a experiência só é boa conselheira quando se aprende com ela.
    Lembra-se do Fórum Social Português, esse “amplo Movimento”? Foi definhando, e morreu, triste e só, abandonado a um canto. Alguém, dos muitos indivíduos e organizações que nele se envolveram, fez um balanço, sério e responsável, da sua (curta) vida e da sua morte? Não. Foi mais fácil, cada “tribo” em sua capela, acusar, em surdina, as outras “tribos”. E esperar que o tempo apagasse a memória. Eis uma marca, facilmente reconhecível, da mediocridade.
    - Finalmente: acha o Celso que o “congresso” não será um “destino final”, antes será uma “etapa dinâmica” para um “amplo Movimento”. Eu tenho a convicção, sustentada em algumas razões que já expus, e em outras ainda, que ele será um ponto de partida, um ponto de chegada, e um ponto final, e que não há a mínima hipótese de ser ele “etapa” de qualquer “Movimento”, amplo ou estreito. Concerteza eu e o Celso cá estaremos, nos próximos anos, para conferir as convicções de cada um; sim, porque estas coisas, e a sua real utilidade, não se aferem em meses, a não ser que ocorra uma qualquer morte súbita, possibilidade, aliás, que não excluo. Se a minha previsão se confirmar, espero que os seus responsáveis e dinamizadores saibam extrair as devidas conclusões e delas dar nota pública, e tenham a hombridade de proceder a um funeral digno.

    Cumprimentos, e aceite um abraço

    Miguel Teotónio Pereira, Marvão

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  8. Bom debate !
    NÃO HÁ MAIS INSCRIÇÕES ....?????????
    zca.
    ps. ..e respostas da C. C. ..,,,,,???

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