quinta-feira, 27 de maio de 2010

CONVOCATÒRIA PARA A REUNIÂO REGIONAL DE COIMBRA EM 5 DE JUNHO


Está a ser preparado, para o mês de Novembro deste ano, em Palmela, um grande congresso
do Associativismo e da Democracia Participativa, para clarificar estratégias sobre o associativismo e a democracia participativa, formular reivindicações e aprofundar conceitos.


São intenções, desde já:

1º - Dar corpo a um movimento amplo de associações, condição necessária à sua
visibilidade, à construção da capacidade reivindicativa que se impõe, e a que
surja como um facto politico incontornável de 2010.

2º - Caminhar para a estruturação do que designamos por “Pensatório” incidindo
sobre o sentido e a natureza do Associativismo, da Democracia participativa e
da cidadania (e em que se torne claro o pensamento crítico que anima o
movimento).

3º - Orientar a reflexão e a acção das associações para a promoção e
participação das comunidades locais, e para a resolução dos seus próprios
problemas, enquanto condição de reforço da democracia e do exercício da
cidadania.

4º - Dar corpo a estratégias de interacção com a Democracia Representativa e o
Estado, de que possa resultar não apenas a requalificação destes como a
sustentabilidade e o reconhecimento do papel social do Associativismo e da
democracia Participativa.

5º - Possibilitar a autoconsciencização do movimento associativo nomeadamente
no que se refere à exigência de surgir não só como promotor mas também como
produtor de cidadania.


Importa, portanto, mobilizar e reunir neste processo de construção colectiva as
associações e organizações do país. Neste sentido vimos convidar-vos para
participar numa reunião/reflexão/debate da região da Beira Litoral
sobre estes ou outros temas no próximo dia 5 de Junho de 2010, Sábbado, às 10.00
horas em Coimbra, na Escola Jaime Cortesão, em frente ao Mercado D. Pedro V .



Mais informações sobre o Congresso em
http://movimentodoassociativismo.blogspot.com



Agradece-se confirmação de presença por email para Paula Medeiros da associação Kriscer ou contactar com Maria José Tovar pelo telefone 966722747

1 comentário:

  1. Foi ontem a reunião de Lisboa. Participação curta mas muito animada.

    Não pretendo reduzir o que foi dito, porque foi muito, a um episódio. Mas é sobre ele que quero aqui falar. Já no final da reunião foi colocada uma questão a um dos membros da comissão promotora. Se se esperava dos participantes que levassem outras pessoas para a próxima reunião. A resposta, depois de alguma hesitação, foi institucional, foi afirmado que a prioridade é a mobilização das associações. Há um dado relevante: nesta reunião estavam mais pessoas na sua qualidade de cidadão, do que pessoas a representar associações.

    Depois de uma reunião tão rica, esta resposta foi um balde de água fria. Senti-me desconfortável. Eu estava lá na qualidade de cidadão individual, fui de certa forma levado por outro cidadão, e tinha a intenção de mobilizar mais pessoas para este movimento. Mas se não somos prioridade, o que é que somos, na óptica da comissão promotora? Qual é o nosso papel neste movimento?

    Desde a primeiro hora que tenho vindo a observar que a comissão promotora está a andar num trapézio. Quer o melhor de dois mundos. Por um lado, tem uma agenda para o movimento associativo. Com uma estratégia reinvindicativa, conservadora, porque assenta no processo, lógica e discurso da democracia representativa e uma proposta de ruptura nas práticas e filosofia da acção associativa. E, inconscientemente, subordina a essa agenda associativa, as problemáticas da democracia participativa. Por outro lado, tem um discurso inclusivo – considera que há espaço para o cidadão não associado e, presumi, para ver reflectida a sua própria agenda. Mas esse discuro ainda surge um pouco como um corpo estranho.

    No meu caso e no imediato não tenho a intenção de trabalhar em associações. Estou interessado em intervir social e politicamente na promoção e aprofundamento da democracia participativa. E vejo as coisas ao contrário: subordino o movimento associativo a uma ruptura mais alargada, uma ruptura política e cultural.

    Outro membro da comissão promotora defendeu na reunião que se pretende defender um terceira via de desenvovimento social e político, que não assenta no estado, nem nas empresas. Esta ideia inclui uma ruptura mais alargada, na qual, claramente, o movimento associativo pode ter um papel determinante. É aí que me sinto incluido e motivado. É essa visão que gostaria que fosse mais defendida e considerada uma prioridade.

    Inclusivamente, porque este movimento corre o risco de conseguir que as suas reinvindicações sejam atendidas e ver cada associação a dispersar-se, a voltar à sua vida com melhores condições, mas com as suas práticas antigas. E aquele que poderia ser o objectivo último do movimento, mas que pode vir a ser subordinado por razões estratégicas, não ser atingido. Oxalá não aconteça.

    Proponho o seguinte: que se encontrem formas de dividir o debate, ou em reuniões ou na criação de fóruns de debate na internet, que permita discutir em paralelo o movimento associativo e a democracia participativa. Procurando os pontos de contacto. Ou decidam de uma vez por todas que o cidadão que quer participar tem de se restringir ao debate que envolva o movimento associativo. Difícil é manter o movimento neste trapézio.

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