domingo, 21 de março de 2010

Associativismo – Reunião da equipa promotora - Apontamentos da Zé Tovar



Coimbra 20-3-2010


Realizou-se em Coimbra, em 20 de Março a reunião do grupo promotor do Congresso do Associativismo e Democracia Participativa (Tondela Novembro/2010)


Desta vez creio quer os meus apontamentos estão bastante incompletos!
Mesmo assim tomo a liberdade de os partilhar aqui convosco, esperando que outros venham completá-los e corrigi-los. Peço a atenção dos grupos de trabalho!

PONTOS PRÉVIOS

1 – Foi lido e-mail do Zé Carlo Albino (para ver o e-mail seguir o link do titulo) que não pode estar na reunião mas faz várias propostas, que na sua globalidade foram de encontro às preocupações e objectivos do grupo. A questão “Que a característica Política do Congresso e seu Processo, não tenha contornos ideológicos marcantes, susceptíveis de conotações partidárias; o que deve ficar claro na Manifesto” provocou alguma controvérsia, pois entendeu-se que que o congresso contem de facto uma ideologia expressa, enquanto afirmação da dignidade e valor da democracia participativa, embora claramente não conotado com nenhum partido.

2 – Foi dada informação acerca da oficina de Águeda em 28 de Fevereiro, promovida pela D'Orfeu e Câmara de Águeda http://zetovar1.blogspot.com/2010/02/seminario-para-o-associativismo-iii.html

3– Foi comentado a debate sobre associativismo popular na assembleia da republica... Sobre esta questão, foi comentada a necessidade do nosso movimento se manter alerta e informado sobre outros movimentos em torno do associativismo com vista a criar redes de interacção. A Democracia Participativa é vista como complementar e sinérgica com a Democracia Representativa, e assume-se que no congresso pode haver uma plataforma de discussão de relação entre as duas.



Ponto 1
PROGRAMA DO CONGRESSO


Orienta-se segundo os 4 eixos definidos (conforme a ultima reunião, ver postagem de quinta-feira, 11 de Março de 2010-Síntese da reunião promotora. Coimbra, 20/02/2010)

Assume-se um congresso político com lógica revindicativa, com uma preocupação de
sustentabilidade do Associativismo e Democracia Participativa, incluindo vertente protesto/denuncia mas também enunciando possibilidades alternativas


O Congresso terá um formato múltiplo:
Sessões plenarias (no início e no final)
Semiplenários
Tertulias ( debates sectorias propostos pelas associações e organização)
Posteres


Recusamos partir para o Congresso com um texto programatico com conclusões pré definidas:
são as associações que trazem os problemas que vão ser organizados no congresso.
As Tertulias são elemento fundamental para incluir a participação das Associações; Pretende-se que as Tertúlias que tenham consequencias. Tem de haver discussão.comunicação, consequencias,
criação e fortalecimento de redes que possam dar continuidade ao processo... não são meras conversas, orientaram-se para a produção de soluções. Não são conversas, são espaços de construção de pensamento estratégico



Algumas temáticas possíveis para as tertúlias:

Coesão social:
Igualdade e diversidade/ Ou então associativismo e justiça social
Associativismo e economia (desemprego, trabalho precário, economia solidaria)
Associativismo e gerações
Associativismo e média (as associações são um não assunto?) /cultura digital/novas formas de mobilização
Associativismo e artes / formas de expressão participação
Associativismo/o ambiente
Associativismo/estado/ sociedade
Solidariedade/voluntariado
Sustentabilidade
Associativismo/educação/formação
Lazer e bem-estar
AssociativismoX Serviços Publicos
Outras problemáticas que as Associações possam trazer


Prevê-se criar um debate sobre Associativismo e Democracia participativa com participação Internacional, o que poderá acontecer nas Tertúlias e num Semi-plenário

A propósito dos temas para as tertúlias, partilharam-se algumas preocupações
:

Dentro da questão Igualdade /diversidade/ mobilidade, reconhecida esta última como direito humano mas não assumida, conforme provam os problemas para trazer artistas de fora da união europeia para os festivais de Musicas do Mundo -.

Como é que criamos uma escola de participação?

Desertificação do interior/ desigualdade territorial/serviços públicos

Desigualdade dos imigrantes: o emigrante que tem os deveres de qualquer cidadão mas não tem os direitos de todo o cidadão;não autorizado a participar na politica de vida activa. Democracia participativa X 500 000 emigrantes que estão aqui a trabalhar e não podem participar politicamente.

A questão do AssociativismoX Media – para publicar um artigo, só temos a carta do leitor – importa quem fala não o que é falado. A questão de o Associativismo ser um não-assunto, não ser visível o peso do associativismo enquanto Valor, enquanto Economia.

Devemos incluir a questão da Revisão Constitucional?



INTENCIONALIDADES :

1 – Que as associações façam mais e melhor – aspectos fundamentais do processo de desenvolvimento democrático – visibilidade aquilo que as associações fazem.
2 – Promover o trabalho associativo enquanto a construção de um associativismo cidadão.
Reflexão para dentro. (Como é que criamos uma escola de participação?)
3 – Trabalho no sentido de conseguir este objectivo politico – avance propostas para construção do caderno revindicativo
4 – Promoção da cooperação entre associações e construção colectiva de soluções- induzir redes (capacidade de propor, conhecer e interagir)
5 – Luta pelos direitos ainda não explícitos.



ALGUMAS EXPECTATIVAS


Este congresso está a pensar chegar ao fim com o caderno revindicativo que não é de nenhum de nós... mas do congresso.
Acreditamos na possibilidade de o congresso ser uma forma de mobilização colectiva.
Passa pelo tr toupeira, pela criação de laços...

O congresso serve para o movimento ass ficar mais forte. Essa é uma vertente do congresso

Participação: Nada sobre nós sem nós...

Estão em aberto todas as revindicações possíveis - a questão central tem a ver com a participação
Iremos tão longe como as pessoas quiserem que se vá longe.



PONTO 2 : LOGÍSTICA


A ACERT dispõe:
Um espaço
1 auditório 280 lugares (pode ir até aos 300 ou 350)
1 segundo auditório com 120 lugares que se pode utilizar em conjunto com o primeiro através de um sistema de vídeo
Várias salas de trabalho
Restaurante ,bar
Possibilidade de armar uma tenda, condicionada pelo clima.
A escola secundária pode dispor da Cantina e salas para trabalho de grupo


LIMITE de 500 pessoas



Financiamento: foram apontadas possibilidades:
A ANIMAR tem um projecto para financiar iniciativas-
poderíamos aplicar essa verba na organização do congresso

Projecto “juventude em acção” pode financiar a participação de jovens neste congresso



ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO
fazer uma ficha de inscrição
Por associação (1 ou 2 pessoas) e individual
Vai ser criado um Folheto
Logótipo
Criação de um grupo google para facilitar a nossa comunicação
Necessidade de prosseguir com encontros locais e regionais como estratégia central de mobilização

PROXIMA REUNIÃO: 10 de Abril, 15 horas, Coimbra

11 comentários:

  1. ,,,a CP mantém-se inalterada....???
    ,,como envolver mais Gente....???
    ,,,Coimbra não está no cento geográfico de Portugal Continental.....certamente, mais Santarém....!,,,mas como o Norte é que manda,,,,
    Espero por decisões claras e precisas, para saber se estamos num processo democrático, ou, nem por isso.....

    zc .

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  2. ,,,não há informações sobre a Conf. de Imprensa...seus Textos Públicos,,,,???
    ,,,e o Manifesto...???
    e,,,,,

    zc .

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  3. ,,,quantas e quais estiveram na Reunião da CP..?
    Voltava a gostar de saber a média de idades dos presentes...curiosidades,,,
    ..Ilhas..nem vê-las,,,???
    E não há um Cronograma de Actividades, diversas, territoriais e temáticas, que serão acrescentadas por iniciativas das "Bases",,,,,????????
    E quais as Comunicações para o Universo das Associações Promotoras de Cidadania,,,??'?
    eeeeettttttcccccccccccc.......

    zc .

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  4. Gostava de saber se o congresso (e o movimento) pretende ter uma agenda para a democracia participativa autónoma das reivindicações de carácter associativo? Ou, pelo contrário, o posicionamento deste movimento tem como objectivo afirmar as associações, enquanto espaço natural de participação social e política, como veículo essencial no aprofundamento da democracia participativa em Portugal?

    Esta questão é importante. Pois considero que alguns dos maiores desafios que se colocam à democracia participativa não passam pelo associativismo. Encontram-se, por exemplo, no local de trabalho. Não falo, obviamente, de ter ou não emprego, isso é incontestável! Contudo, estou convencido que a função social do emprego pode e deve ser alargada. Para tal é necessário reequacionar as suas relações de poder, a sua função como meio de inserção, responsabilização e qualificação profissional e pessoal do cidadão. É no emprego que vivemos uma grande parte do nosso tempo, muitas vezes é aí que se estabelecem amizades e é aí que são depositadas muitas aspirações pessoais. Por esse motivo o local de trabalho tem de ser directa e indirectamente um local de afirmação da democracia participativa. Pode e deve ser concebido e tratado de outra forma na comunicação social (media, escola, associações, sindicatos, partidos políticos, etc.)

    Outros domínios da democracia participativa que transcendem o campo do associativismo encontram-se no nosso regime político-administrativo. Embora hajam progressos significativos, ainda podem ser feitas alterações muito relevantes no campo da convocação e responsabilização política do cidadão. E simultaneamente intensificar o sentimento de pertença e relevância política de cada cidadão – estes sentimentos são fundamentais para conferir vitalidade à democracia. Nomeadamente pela criação de uma sociedade onde o cidadão pertence a múltiplas comunidades: a escolar, a freguesia, a distrital, etc. Temos de ser um pouco mais de Leiria, Faro ou Aveiro e um pouco menos do espaço indiferenciado (e indiferenciador) que é o país; pertencer ao agrupamento escolar tal; participar mais nas questões políticas no âmbito da freguesia, etc.

    Para finalizar, tal como foi mencionado, também considero que é importante interessar os jovens nestes movimentos. Mas para isso é necessário tornar o movimento mais apelativo. Nessa medida é importante reflectir sobre o papel dos meios disponibilizados pela web2.0. Qual a sua função na democracia participativa? Nomeadamente na sua vocação para criar acções políticas espontâneas, massivas e circunstanciais. Este é apenas um tema óbvio, com certeza que existem outros temas e meios que também são motivadores para adolescentes e jovens.

    Para não me alongar mais, fico por aqui.

    Bom trabalho, Ricardo

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  5. Considero as questões levantadas por Ricardo, muito pertinentes, que devem merecer a melhor atenção de todos, particularmente da comissão promotora.

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  6. Ola visitei seu blog e gostei muito e gostaria de convidar para acessar o meu também e conferir a postagem de hoje: Momento de Reflexão: Seqüestrada usa lei para capturar seqüestrador!
    Sua visita será um grande prazer para nós.
    Acesse: www.brasilempreende.blogspot.com
    Atenciosamente,
    Sebastião Santos.

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  7. Não seria interessante, convidar alguns Dinamizadores da Democracia Participativa de outos Países, que falassem dassuas Experiências, nomeadamente das suas Relações com os Estados ?

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  8. Concordo que ouvir a experiência estrangeira é importante. Seja no congresso ou depois. Inclusivamente existem congressos internacionais que tratam muitas destas temáticas.

    Acho também fundamental ouvir certas empresas, sindicatos, juntas de freguesia, camaras municipais e cidadãos que, no nosso país, já implementaram diversos projectos que reforçam a participação civil, seja exclusivamente no processo de decisão, seja num envolvimento mais intenso e global.


    O que se entende por "democracia participativa"? A sua dimensão politica é usualmente mais restritiva (circunscreve-se ao voto), mas creio que este movimento, pela sua natureza, extende a sua visão às dimensões social e cultural. É assim?

    Abraços, Ricardo

    PS. O blog serve só para fornecer noticias do decorrer dos trabalhos de preparação do congresso ou serve também para fomentar o debate sobre estes assuntos? Porque é um blog pouco dinâmico e muito "calado".

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  9. A ausência de o que quer que seja neste "blogue" ( ? ), por parte dos seus patronos, é desmotivador e perturbador dum Congresso com êxito .
    Há responsáveis ?

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  10. Olá Ricardo e outros
    O comentário de Ricardo foi lido na reunião promotora do congresso, ontem em Coimbra. Consideraram as questões muito pertinentes.
    A ideia geral é que "já estamos em congresso" e será útil que vão surgindo textos que partilhem as preocupações do associativismo, mas também outros espaços e contextos de participação democrática.
    E, é verdade, este blog ainda não está dinâmico e animado como se pretendia. É uma questão à qual ainda não conseguimos dar a volta, ainda não se encontrou a estratégia adequada.
    Vamos a ver se conseguimos caminhar no sentido de uma maior participação.
    Zé tovar, de visita ao blog

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  11. tb, visita...? É obra...!

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